quinta-feira, 17 de março de 2011

Experiência Estética

Antes do meu passatempo preferido de olhar as nuvens, algo surgiu há algum tempo que teve a moral de tirar a minha atenção do ar, me colocar em terra, mas que ao mesmo tempo não deixava de me fazer flutuar. Algo tão simples, prazeroso de ser admirado e tocado. Um conjunto de sentimentos, ideais, caráter, sonhos, embalado em uma simples cápsula feita de carne, osso, vida e alma.
De formato singelo e magnífico, sua face consegue se equilibrar facilmente com o resto. Não apenas com o resto do corpo- este com traços fortes, ordenados e simétricos - mas com sua característica fundamental: sua sinceridade. Não esquecendo o detalhe da harmonia dos olhos com um sorriso maroto, bom para acompanhar com a mesma ação. E isso tudo só pode ser visualizado, com um olhar diferente, algo mais profundo, que consiga ir além de sua seriedade momentânea ou quando acionada em casos importantes de fixa atenção. Então, os sorrisos se encontram, os olhos se fixam e o mundo se desliga ou será que é ao contrário? Sinto-me mais perto, a ponto de sentir seu cheiro. Nada com pensamentos abusivos, apenas com um pensamento alto e leve, por conta do perfume que leva a um grande sentimento acolhedor.
No entanto, acho que não há explicações ou palavras certas - ou fielmente detalháveis - que consigam explicar tantos sentimentos agrupados em um simples prazer de estar por perto daquele que me acolhe todos os dias em seus braços.

sábado, 12 de março de 2011

Reflexões



Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá a falência. Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você. Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões. Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”. É ter humildade da receptividade. Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz.
E, quando você errar o caminho, recomece.Pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.Jamais desista de si mesmo.Jamais desista das pessoas que você ama.Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.

[Texto retirado da internet]

//matokkirva

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ele


Internet praticamente vazia. Digo vazia por não ter nada de interessante. Tweets falando sobre programas inúteis de televisão inundavam minha página, e fotos alheias, com intuito de mostrar carros e roupas novas, eram bombardeados no meu site de relacionamentos. Pois bem, minha única diversão ,neste momento,está sendo ver as fotos e vídeos que fiz com a câmera emprestada de minha prima. Fotos loucas, engraçadas e aquelas em que me "fantasiava" de modelo. Até parecia gente (risos). Só que havia aquelas que me chamavam atenção. Fotos com minha mãe e filmagens que fizera ,na brincadeira, com "ele" - para utilizar em uma edição de vídeo futura, que mesmo tendo algumas "ensaiadas", reproduziam aquilo que sempre acontecia quando uma câmera não estava lá para registrar.
Que coisa. Num minuto uma enchente de lembranças e suspiros, já não bastasse minha imaginação muito fértil. Acabara de me recordar de algumas horas atrás. Deitada na rede, eu o esperava com tantos problemas mirabolantes na cabeça, mas, ora ou outra, tentava fechar os olhos para ouvir o silêncio com mais clareza. A rede estava tão gostosa ,tantos momentos que passara ali com ele.Aquilo me deixara um pouco mais confortável, mesmo ainda permanecendo com a mente um pouco distante, lembrando e relembrando das minhas ações. Era incrível como eu conseguia me recordar de detalhes passados, quando permanecia um pouco mais relaxada.
Minutos depois ele chega. Abre a porta da varanda, com calma, e logo consigo perceber seu olhar de preocupação se fixando em mim. Sentou-se na rede e, por alguns segundos, desprendi-me de minhas preocupações, sendo a única coisa que me veio à cabeça, um simples resmungar sobre não poder ver as estrelas. E era verdade. O céu estava muito escuro e as nuvens eram as únicas decorações da noite. Ele logo riu e recordou de uma noite passada, quando havia faltado energia na cidade. Veio-me a mente como as estrelas tinham dado um toque essencial de boa noite ,já que permaneciam escondidas com a imensidão das luzes noturnas da cidade ,todos os dias.
Após esse instante, uma única pergunta, da parte dele, se desmembrou em centenas . A conversa estava posta. Esta fazia sua função: dava liberdade ao emaranhado de fios de problemas, dúvidas e nós. Eu sempre me sentia melhor quando desabafava com ele, porém ao mesmo tempo me sentia tão mal por descarregar meus problemas e conclusões bobas naquele que tanto amava. Meu medo era ser um peso, ser chata, repetir demais. Não queria falar muito e chateá-lo, por ser uma "garota cheia de problemas e loucuras". Ele me passava, às vezes, um ar de quieto e ao mesmo tempo mostrava sua personalidade tão forte. Só que seus olhos também me passavam tanta confiança e ternura que eu me deixava envolver pelos seus braços e suas palavras de apoio.
No entanto, não eram motivos para me transformar em uma garota mimada e permanecer do jeito que estava. Cada palavra que saia de sua boca era memorizada tanto com a mente como com o coração. Enquanto uma se focava no apoio e percebia que tinha que mudar muitas coisas, colaborando(fielmente) com a terapia, meu coração se arrepiava, cada vez que dava pulinhos para me avisar que estava amando cada vez mais, passando do limite aceitável pelo bombeamento de sangue - próprio para casos estrondosos de amor.
Era fácil se emocionar e ao mesmo tempo rir com a situação linda em que me encontrava. De um lado, a garota que estava entrando em um mundo novo. Um olhar de menina que possuía passos com trilha sonora de filmes e que estava conhecendo (por mais louco que fosse) o mundo como verdadeiramente era - terreno estranho pra quem imaginava uma vida perfeita, como em um filme. Do outro lado, um cara decidido, de caráter impecável, cheio de sonhos e virtudes.
Antes eu tinha medo, medo de não ser verdade, de ter que procurar algo para alguma cicatriz futura. Hoje percebo quanto boba eu fui. Estava com alguém que sonhara todas as noites em encontrar. E agora me pego no riso por me ver preocupada com coisas que achava completamente medíocres: vestidos, maquiagem, peso, cozinhar. Peguei-me também questionando loucamente sobre qual a comida que deveria fazer para quando ele viesse almoçar em minha casa. Era contagioso isso? (risos). O que eu quero dizer é que eu estava me preocupando em agradá-lo, sem (é claro) mudar minha personalidade, meu jeito- agora que eu estava ,aos poucos, roubando as rédeas do meu inconsciente (era possível?).
Depois desse diálogo, declarações foram ouvidas de ambas as partes. Nada como uma boa conversa, nada de brigas. E o final é sempre assim: abraços, declarações. Cada um conhecendo o outro, ao mesmo tempo em que possuía um cuidado recíproco. E assim, acostumei-me a me declarar várias vezes ao dia. Era divertido e prazeroso.No final era aceitável concordar que nos dávamos muito bem.Acho que além da conta. A verdade era que tínhamos certeza disso. E ,o melhor, eu estava segura disto .

//dreamsgreen

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Eu vou assim, e venho assim...


Pés descalços,
rosto sempre sem maquiagem ( não que precisasse) ,
mas sempre com um sorriso maravilhoso nos lábios, ao ver um simples pôr-do-sol.
Censo de direção péssimo,
memória falha (seu caderninho de anotações era o que te salva - às vezes),
mas sempre com um sorriso nos lábios perante amigos.
Seu quarto parecia estar todos os dias em guerra,
Gaga temporária ,quando a atenção se voltava para si,
mas sempre com um sorriso nos lábios ao ver a alegria alheia.
Insegura (culpa da transição do mundo de fadas para o mundo real ,preto e branco. Confesso, sou turista nesse mundo)
Tonta e desajeitada,
mas feliz!


"Vou mostrando como sou e vou sendo como posso, jogando meu corpo no mundo..." [Novos Baianos]

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Almas empoeiradas


Eu imploro por um pouco de felicidade e brancura, na alma daquela cidade, antigamente calma e feliz. Hoje, pessoas nas ruas sem nenhuma expressão habitual. Na praça, na catedral, nas lojas vendedoras de capitalismo absurdo. Pessoas que não se alegram, não choram, não terminam o prato da refeição, que comparam presentes de outrora com os que ainda irão receber.
Apenas bato palmas e assisto a tudo comendo um pouco de chocolate com coca. Infectada, porém com um pouco de reflexão de minha própria alma multicolorida. Queria que a minha alegria se manifestasse no vestido preto e branco, nos sapatos coberto de jóias, no brinquedo que estará cheio de poeira em poucas semanas. O relógio parece estar segundos antes do fim e ainda não perceberam que o luxo no final sempre é corroído pela terra, na qual sempre plantam rosas brancas.



//dreamsgreen

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O que é crescer?


Será que é só ter cara de estresse, cheiro de café ,falar o que decorou no noticiário e mostrar as pilhas de documentos que tem para assinar?
Será que é só colocar uma maquiagem na cara, andar de salto, não parar em casa e reclamar que quer férias do trabalho?

Que coisa sem graça!Então ,me deixe aqui tomando chocolate, rindo com a vida e lendo poesia.


//dreamsgreen

sábado, 20 de novembro de 2010

Será que o mundo esperava por mim?


Deitada na cama sem muito que fazer, eu permanecia imóvel. Acho que só meu coração que fazia a sua função inalterável - para uma pessoa saudável- que era bater. Bombeava sangue pelos caminhos que levavam ao aparelho programador de meus pensamentos repentinos, criativos e preocupantes, ao mesmo tempo em que o subconsciente ajustava minha razão ( ou seria a realidade educacional adquirida no decorrer de uma meia vida?)
Será que era tão difícil entender como andar nesse mundo novo, no qual eu me encontrava?Pé esquerdo e direito. Um atrás do outro. Poxa!Eu aprendera isso quando nem sabia o que era a vida e agora que eu sei, eu desaprendi. Uma coisa tão bem ensaiada, tão fácil e tão presente, eu esquecera.
Sei que nas últimas vezes, na época em que eu andava (bons tempos!), havia começado a olhar para meus clássicos all stars. Que estranho!Estava andando diferente. Uma mistura de modelo com curvatura delineada, pomposa e superior. Mesmo assim, continuava a usar os clássicos (único detalhe que não mudara). Isso me fez sorrir.
No entanto, neste momento solitário, me recordara da correria que acabara de sentir. Os meses se passaram e parece que meu futuro já está sendo escrito sem minha direção. Assinara o contrato sem ler. Aquilo era uma obrigação? Ou uma emoção estrondosa com finalidade de lucrar com audiência sentimental?Que bobeira. A direção era minha, o texto era meu, a vida era minha. A consciência, que eu não tinha na época dos primeiros passos, era abundante.
Eu realmente, tinha medo. Medo de tropeçar, já que havia aprendido, nos meus primeiros passos, que deveria ir devagar. Respirando fundo a cada vitória, a cada momento, a cada abrir e fechar de olhos, a cada mês.
Eu não queria que ao invés de caminhar, eu corresse. Chegasse na linha de chegada cansada, a tona , com uma lista imensa de sonhos sem uma marcação de "ok".Mas, os sonhos não poderiam ser dobrados e vividos duplamente?
A mão na cabeça não indicava "sim, senhor!", indicava preocupação. Será que eu estava viajando demais?Não era a primeira vez que entrava nesse mundo. Nas outras vezes, eu dei as costas, fechei a porta e joguei a chave fora. Só que dessa vez é diferente. Algo me diz para não seguir o medo infantil de antes. O medo que me fazia afundar nos travesseiros e me entregar aos ursinhos decorativos, de uma cama que já teve muita história para contar sobre noites de insônia e lágrimas.
O texto era outro, o olhar era outro, o toque era outro. Gerações se diferem. Não há como ser igual. Ou há?

//dreamsgreen

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

The gray day



Entregue ao frio de um dia monótono e sem sentido.Eu estive dentro da tempestade e achava que era mais forte do que ela.Agora me contento com um coberto, uma paisagem cinza e muitos pensamentos. Onde estavam o barulho das risadas e o calor externo tão confortante?Até o sabor do chocolate se tornava azedo.
Eu conseguia contar os segundos de cada batida no relógio.E isso me amargurava. Nunca um dia tinha passado tão demorado.Ainda por cima, sendo dia de chuva - pleonasticamente falando, já que na verdade foi um dilúvio.
As janelas eram espelhos d'água e eu passei à contemplá-las pelo resto do meu dia de solidão, em meio aos trovões e relâmpagos, junto com uma tristeza e uma questão que não saia da cabeça: "E se eu tivesse continuado o meu caminho?"Eu não era assim?Valente? De Fazer algo à todo custo?No entanto, era capaz de eu nem chegar ao destino.A intuição alertava para não ir.Parecia uma mãe que gritava com o teimoso desejo que não se aquietava.
Suspiro, acabando por embaçar a vidraçaria manchada.A verdade era que eu queria estar com ele, mais do que isso, eu queria senti-lo nesse frio.Envolvê-lo com meus braços, brincar com seu cabelo.E o que eu fazia naquele momento?Desenhava artes abstratos de minha fantasia sem importância, ao mesmo tempo em que era "privilegiada" pela companhia do arrepio. Diabo que percorria minha pele dos locais mais clássicos aos mais ousados.
Outra segundo passado... que horas eram aquelas mesmo?
Vazias.Torturantes.

//dreamsgreen

sábado, 16 de outubro de 2010

Indiretas





Sussurra no meu ouvido o que você sente por mim.Me leve ao céu com apenas um toque, com apenas um olhar.Pois se eu o sinto, minha pele se mostra ativa,minha respiração se estagna e minha mente se concentra.
Parece que dou voltas no ar.Uma dança sem treino, conduzida pelos pés, que não se abalaram -ainda- com a sensação de ter suas pernas entre as minhas e sua boca deslizando pelo meu pescoço.

//dreamsgreen