Eu imploro por um pouco de felicidade e brancura, na alma daquela cidade, antigamente calma e feliz. Hoje, pessoas nas ruas sem nenhuma expressão habitual. Na praça, na catedral, nas lojas vendedoras de capitalismo absurdo. Pessoas que não se alegram, não choram, não terminam o prato da refeição, que comparam presentes de outrora com os que ainda irão receber.
Apenas bato palmas e assisto a tudo comendo um pouco de chocolate com coca. Infectada, porém com um pouco de reflexão de minha própria alma multicolorida. Queria que a minha alegria se manifestasse no vestido preto e branco, nos sapatos coberto de jóias, no brinquedo que estará cheio de poeira em poucas semanas. O relógio parece estar segundos antes do fim e ainda não perceberam que o luxo no final sempre é corroído pela terra, na qual sempre plantam rosas brancas.
//dreamsgreen