domingo, 11 de outubro de 2009

Eu ainda vou na direção do nascer do sol...



E ás vezes achamos que nunca aconteceria conosco.
O barulho e as risadas eram tamanhas. Nada me impediria de gritar e dançar num momento como aquele.Todos gargalhando em uma alegria penetrante.Eu até estava com a capacidade de esquecer as dores nas pernas e o cansaço do dia anterior, isso não me bloquearia.Estava aprendendo a gostar daquilo , as danças diferentes ,e quem sabe, não poderia treinar para mostrar para os outros que eu podia conseguir.Era um dia de verão, daria tempo dele ter orgulho de mim.
Um desejo de uma boba menina.O futuro sempre calculado ao som de Sarah Britney ; sem a pressa de um trem, mas criativo como a Disney.Tantas blasfêmias jogadas ao vento em apenas um segundo de visualização de um momento medíocre.
Os abraços anteriores significavam alguma coisa.Que boba, como não percebi? O Adeus de uma fase sendo mostrado na minha frente e eu com o botão de racionalização da vida em modo off. Um descuido inestimável.
Acho que foi por isso que fiquei um pouco calada.Num primeiro momento havia baixado a cabeça e depois retornado a sorrir singelamente,colou.Todos acreditaram! Acho que só agora eu percebi que aquilo tinha me chateado. Não por ser ele, mas por eu notar o quanto eu ainda tinha que crescer. O passo de estar um pouco insensível por um ano tinha sido alcançado e o que era aquilo agora?
Eu estava me permitindo ser feliz e estava fugindo de nós dois. Tudo estava sem sentimentos e eu acreditava que estava preparada para o fim. Não que estivesse finalizado, nada havia começado. Era a introdução de uma pouca vergonha engraçada.
Sinto em acreditar estar comentando isso.Me ocorre que eu tenho que gostar do meu eu interior ,para então, exacerbar pelo mundo.Estar preparada para tudo e a todos.
E então aquela imagem em câmera lenta cinematográfica, dele em um beijo apaixonado com outra(o mesmo que dava em mim)foi presenciado após um movimento do meu rosto para o lado.Um palco onde eu estou em um ponto e eles em outros ,em baixo de focos de luzes. Segundos que foram como uma prova de maturidade. Mesmo que eu quisesse me iludir mais, ilusão não estava nos planos.Ele não iria gostar.

//dreansgreen

sexta-feira, 2 de outubro de 2009



Café na mesa.
Amargo como o futuro, quente como a aventura do presente.
Os livros jogados no chão.Grandes fontes de conhecimento que se encontravam aos montes.Não estavam lá para fingir um estudo, já que a responsabilidade que surgia ,não me permitia mais tal audácia.
É...lápis de cor e pequenas lições trocados por uma atualidade de vestibulares, equações geométricas e formas diferentes de ver a vida.Era um novo mundo, eu sabia.
Entre lembranças, o café esfriava.Não era tão gostoso como naquela época, mas as lembranças de tempos bons eram escritas.O amanhã não estava longe e havia muito pra acontecer.
Minha auto-biografia se mantinha atualizada.Não era um conto de fadas, mas creio que é uma história de personalidade diferente.Reflexões distorcidas, seguidas de goles de café que me embebedavam.E eu gostava daquilo tudo, realmente a preocupação não tomava conta de mim.Acho que porque ele me conduzia de uma maneira diferente pelos minutos do dia, o que me permitia tê-lo até essa idade (: A temperatura e o sabor nunca eram tão bons quando ele não estava perto.E quem sabe não permaneceriam bons pela eternidade...

//Dreansgreen