sábado, 27 de dezembro de 2008

Momentos



Vontade de gritar.
Expressar tudo oq sentia num só grito, pois ficar calada estava fora de cogitação naquele momento.
Os minutos passavam. Os anteriores não tinham sido bons, mas eu sabia que os futuros seriam.
E isso já era algo para me fazer feliz, a esperança.
Sabe aquele desejo que começa na sua cabeça, daí vai para os pés e quando rebatida, arranja de alguma forma um modo de se dispersar? Tudo seria passado para trás e as lembranças boas me conduziriam daqui para frente.
Fechei os olhos e a chuva que começara a cair me abençoava. Meu grito soou , sendo alimentado pela minha constante felicidade ,que em mim ,se aflorava.
Estava feliz e sentia-me como uma criança. O cheiro de terra molhada permanecia e o céu se abria para um novo dia.

//dreansgreen

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O banco da praça



O bando da praça nunca foi tão frio como naquele dia em que ele sentou do meu lado. Eu nunca achei que depois de anos ele voltaria a me assombrar, com aqueles olhos mentirosos e frios, que por ter tal característica ele não olhava os meus, por medo de ser pego.
Eu não acreditei quando soube que ele estava de volta, mas até que me senti feliz, já que desta vez ele bateu a porta da minha vida ao invés de entrar sem ser chamado. Eu poderia finalmente me preparar agora.
Meus olhos se transformaram e até a vontade de dar um riso maléfico não foi descartada. Borboletas voavam em minha barriga, o arrepio e as mãos suadas transitavam numa inquietude sem fim. Meus pensamentos estavam numa velocidade assombrosa. Palavras, frases, tudo metricamente ensaiado para jogar naquele por anos me fez chorar.
Ele sentou do meu lado e entre frases cortadas, olhava o chão a fim de buscar alguma inspiração teatral para me corromper. Disse que andava pensando em mim e que há algum tempo queria falar comigo. Hipócrita!Pensas que eu iria acreditar!Como se eu já não soubesse que na busca de alguém para dizimar sua carência, meu nome retornou a sua lista, já que infelizmente eu não sabia da falta de pureza em seus olhos. Naquela época eu acreditava nas pessoas.
Por um milésimo de segundos, minha raiva se acalmou, porém num descuido da parte dele eu vi os olhos. A mentira estava estampada logo ali a minha frente. Minha raiva borbulhou, mas tudo o que consegui falar foi poucas ironias e mais tranqüilidade. Minha raiva havia se transformado em pura pena daquele simples mortal que jurava que iria conseguir algo, fiquei na negativa, porém meu olhar de desprezo dirigido a ele se intensificava.
Não usei nenhum por cento de minha raiva contra ele. Poderia usá-la como uma armadura, Com ele e com aquele que me apresentou a terra dos sonhos. Infelizmente a característica de não sentir raiva e magoar as pessoas ainda percorria minha mente. Apertei sua mão, em um sinal amigável e dei as costas para sair dali. Eu havia me libertado!

//dreansgreen

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Na janela...



Lá estava ela, sentada na janela. Com as pernas dobradas e seus longos cabelos cacheados que balançavam com o vento, ela repousava a cabeça na parede. Não sorria, não falava, apenas respirava fundo e olhava o céu. Suas mãos estavam geladas e os dedos a brincar de fazer cachinhos pelo longo cabelo. O que estaria a atormentando? Seus olhos não continham nenhuma lágrima , eles focavam em apenas um ponto: o céu.
Seu quarto não era mais o mesmo.Suas bonecas que te acompanharam pelos piores e melhores momentos, foram dadas .Seus desenhos na parede tinham sido apagados.Não havia barulho de crianças gritando, de desenho animado passando na TV, ou a voz de suas bonecas no quarto.Agora livros de faculdade empilhados em sua prateleira, celular, documentos, filmes chatos e um grande vazio que pairava pelo ar, dominavam o lugar.
Sociedade a pressioná-la.Queriam absorver a cor que tinha em seu coração, vesti-la de preto e branco e transformá-la em um ser frio e sem imaginação.Ela não queria crescer, não queria mudar, queria simplesmente ser ela mesma.A garota que gostava de cantar quando dava na telha;que perdia horas e horas olhando para o céu a procurar desenhos nas nuvens; aquela que não conseguia sentir magoa de ninguém e que muitas vezes preferia guardar palavras para não ferir outro alguém; aquela que continuava a brincar mesmo quando muitos riam dela.Será que quando crescesse sua imaginação seria a mesma? Ela iria continuar com o desejo de voar? Tantas indagações vinham em sua cabeça.E Mesmo não querendo mudar, muitas pessoas já afirmavam que algumas mudanças já estavam se apresentando.
Outro suspiro e agora, seguido de uma lágrima.Ela não queria chorar, queria ser forte.Mas sabia que tinha pouco tempo até que o mundo a transforma-se.Nisso, ela sentiu uma mão em seu ombro.Ao olhar para trás recebeu um abraço.Não se importando com quem fosse,passou a se sentir protegida,finalmente tinha alguém com quem contasse .Não queria mais saber de nada, o mundo ao redor dela não se comparava ao abraço dele , só queria abraçá-lo.
- Estou aqui minha menina.Sempre estarei aqui ju!- Suspirou Seya no meu ouvido.

//dreansgreen

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

# Aventuras



-Eii!!Você está louca ju!!!Pra onde você está indo? -meu anjo gritava.
-Calma eu só vou viver!
Estava decidida!Peguei o carro e mesmo sem a carteira sai em busca de outros mundos. E daí se eu fosse parada por um policial? O gosto do proibido e do verdadeiro eram melhores se forem degustados. Bem melhor do que escrever num papel e sonhar pra que um dia tudo aconteça.
Nossa as férias tinham chegado e eu ia ficar em casa engordando, olhando para o nada, vendo fotos na internet sem ter o desejo saciado, o desejo de sentir o paraíso?Hahaha é ruim ein!
Minha prancha estava no carro, devidamente limpa, como eu havia planejado no dia anterior. Eu precisava de férias.Sim!!As férias era o único remédio que eu precisava naquele momento e nada nem ninguém iria me tirar àquela vontade.
- Me deixar ir então!Deixa-meeu sentir esse VIVER que você tanto fala. -pedia Seya.
Ah, o velho Seya de sempre. Estávamos mais unidos e eu não conseguia me ver sem ele.A semanas eram melhores com ele.Ele era assim, era um anjinho travesso e me fazia rir, mas eu não entendia ,o por que ,que meu coração disparava as vezes na sua presença.Engraçado, ele é só meu anjo!Bah.. que asneiras...
-Sobe aí e se segura que eu só aprendi a dirigir uma vez.
- Vixe!Bem..mas tá comigo está com Deus!Kkkkkk- Disse ele subindo e se acomodando no banco da frente.
-Era pra você ir voando, mas to sendo legal com você tá?
-kkkkkkkk, bestona!
Aquele sorriso. Melhora meu dia sabe?Nossaa!O sol estava perfeito. Tudo iria ser perfeito daqui pra frente!
-Traga o som, o sol, o mar e a vontade de mudar...

//dreamsgreen

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Lembranças...




Aquele perfume que pairava no ar era conhecido e isso me fazia suar frio. Eu quis duvidar, não podia ser o mesmo cheiro. Meu coração batia forte .Na mente, só pensamentos bons....eram lembranças.Mas eu não queria lembrar, meu orgulho falava mais alto. "Calma coração, pois eu tenho coragem. Afinal, já estou aqui e sempre aprendi a enfrentar as coisas!" - pensava eu.
Lembrei involuntariamente da camisa dele, sim, o cheiro era o mesmo!Nisso percebi alguém vindo em minha direção. Meus olhos não iam errar, era ele. A cada passo meu espírito passava a flutuar, mesmo o quanto eu resistisse. O cheiro se intensificava e eu comecei a passar mal até que desmaiei entre a revoa.
No passado você sorriu e me propôs que eu te deixasse em paz. Disse-me vai e eu não fui. O que era aquilo agora?Na minha cabeça a frase proibida era falada a cada segundo. Lembrava-me que de falsidade só tinha sido essa frase dita ao pé do seu ouvido.
Eu queria que aquilo fosse só uma ilusão. Eu não estava preparada para aquilo, mesmo que isso fosse a minha maior vontade.Labirintos foram postos e entre nós dois existia um oceano.Mas por um momento cheguei a acreditar que a terra girava a toa, com a certeza de que um dia , ficaríamos numa boa!Senti seu pé tocar o meu e eu só pensava em jogar a moeda e seria o que Deus quiser. O calor de seus lábios me deixava triste. Me senti sufocada e impulsivamente te empurrei.Seu corpo de desfez no ar.
-Por que você é tão orgulhosa em?- Seya comentou comigo do meu lado. -Sua mente era racional, mas em seu coração ainda sobrava alguma cor vermelha. Na verdade você continua sob a mesma condição:Distraindo a verdade e enganando o coração.
-Quem me dera poder concertar tudo o que eu fiz.Ninguém poderia dizer que era tarde demais, mas pra mim era.- Abracei –o para me sentir protegida.
-Então que olhar cintilante e esperançoso era aquele?
-Cala essa boca, você está muito enganado. Não significa que eu estou me apaixonando.
- Ta tudo bem, mas a vontade de voltar ao passado você queria, não era?
-Não é isso!Tu achas que eu Juliana iria beijá-lo mais uma vez?Nunquinha. Só amizade tá?Debaixo dessa roupa existe uma mulher que não está sofrendo nem nada.
- Você está assim por que ele ainda acha que você está com raiva dele não é?
- Oia.. meu destino está traçado e meu espírito é livre!Mesmo com as lembranças boas, não há como voltar ao passado. Cometi um erro bobo, nós cometemos e...
- Você o tinha por um min. e ao invés de mudar tudo, simplesmente se conforma e tchau, tchau??Não é a ju que eu conheço.
- Mas é que sabe... bem... errrr...
-Você se comportou como adulta!!Não gosto disso!

#Acredite na terra dos sonhos!#
- Dremsgreen

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

It's oh so quiet



Sozinha lá eu estava repousando na rede da varanda.Eu fechava os olhos e numa ação indolente pedia que o vento me balançasse.A luz havia faltado e tudo ao meu redor era invadido pelo silêncio.Custo a acreditar que muitas pessoas só sentem a vida quando se apagam, enquanto outros pobres mortais são tomados pela raiva do acontecido ,que até se esquecem de ouvir o silêncio.
O catavento girava sob minha cabeça, graças ao vento cantava ao atravessar aquele pequeno brinquedo.A folhas das árvores balançavam em uma sintonia suave.A música da natureza reinava e me premiava com aquele lindo som nos meus ouvidos.
Meus cachos balançavam que nem as folhas e eu podia até flutuar se me desse coragem.Na imensidão do silêncio todos os melhores sons reinavam.E nessa linda sintonia, lá estava eu e o silêncio, o silêncio e eu.

//dreamsgreen

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Recuperação



Tá!Tudo bem, não é algo plausível de ser contar sabe?Mas até que é bom pra ver se eu tomo vergonha na cara.
O bolo e o suco feito pela minha mãe, nunca tiveram um sabor tão gostoso acompanhado de um estudo do lado do Justin (meu ursinho).
Cálculos pra cá, interpretações pra cá. Ainda bem que minha mente está concentrada no estudo e não na (como posso dizer...) incondicional angustia profunda que varreu meu coração, ao saber que fiquei em química por causa de três décimos. Justiça? Tudo bem, eu confesso ter dormido em uma ou outra aula, mas dava pra me passar, ora bolas.
Entretanto estou feliz, além do mais, bagunça no colégio é que não falta. Melhor do que ficar me ocupando com as asneiras da televisão e algumas poucas da internet.E até que agüentar o Vítor por uma semana não é tão atordoado assim (hehe)!
Fora toda essa bagatela, o cheiro das férias (já dizia brunadovinil) está começando a se aflorar e quem sabe o gostinho de liberdade não seja mais explosivo, do que na última vez.

#Acredite na terra dos sonhos!#
//dreamsgreen